Nós sempre somos os mocinhos das nossas histórias. É o natural a se pensar quando sabemos todo o nosso trajeto até chegarmos às nossas decisões e ações.

E pelo nosso protagonismo essencial no teatro da vida, tudo deve girar ao redor do nosso umbigo, certo?

Tudo é prioridade, quando é para nós. Queremos sempre que chegue logo, que seja o melhor, e alguns casos, que seja exclusivo.

Na visão do mocinho, o seu trabalho, seus projetos e desejos são sempre o mais importante. 

E se sairmos da nossa prisão do corpo e do ego? Qual é o big picture

Somos tão essenciais nos contextos ou apenas projetamos essa percepção por estarmos presos ao corpo e ao ego o tempo todo?

Penso que a resposta seja clara, no entanto é um desafio não se engajar em uma história tão bonita e preciosa quanto a nossa.

Este não é um texto contra ego e vaidade, é apenas um convite à reflexão sobre contextos e perspectivas.

Se tudo é prioridade, nada é prioridade.