Nós sempre somos os mocinhos das nossas histórias. É o natural a se pensar quando sabemos todo o nosso trajeto até chegarmos às nossas decisões e ações.
E pelo nosso protagonismo essencial no teatro da vida, tudo deve girar ao redor do nosso umbigo, certo?
Tudo é prioridade, quando é para nós. Queremos sempre que chegue logo, que seja o melhor, e alguns casos, que seja exclusivo.
Na visão do mocinho, o seu trabalho, seus projetos e desejos são sempre o mais importante.
E se sairmos da nossa prisão do corpo e do ego? Qual é o big picture?
Somos tão essenciais nos contextos ou apenas projetamos essa percepção por estarmos presos ao corpo e ao ego o tempo todo?
Penso que a resposta seja clara, no entanto é um desafio não se engajar em uma história tão bonita e preciosa quanto a nossa.
Este não é um texto contra ego e vaidade, é apenas um convite à reflexão sobre contextos e perspectivas.
Se tudo é prioridade, nada é prioridade.
Eu costumo ser uma pessoa detalhista, pensar em cenários futuros, criar soluções pra o que ainda está por vir. O chatgpt me definiu como visionário. Modéstia à parte, não é necessariamente uma surpresa para mim.
Acontece que criar esse blog em menos de duas horas e publicá-lo me trouxe uma sensação muito boa. Uma sensação de realização. Eu não vou sufocar o visionário, mas penso que será interessante aflorar o realizador.
Estou disposto a fazer acontecer.